15 de agosto de 2009

Mutação do amor!


Hoje os meus olhos voltaram a transparecer a dor que vinha guardando dentro de mim.
As lágrimas voltaram a brotar de meus olhos, mas nem por isso meu coração parou de chorar.
E eu voltei a me questionar quando e como essa dor irá sanar. Voltei a me questionar se um dia essa dor vai, ao menos, amenizar.
Mas, como todas as outras vezes, não obtive respostas, ou talvez as tenha obtido sem conseguir interpretá-las.
O medo me guia pela escuridão que minha vida se tornou. Uma escuridão fria e solitária, na qual o amor não existe, nem mesmo o amor próprio.
Uma escuridão silenciosa, na qual se ouve tudo, menos o que meu coração diz. Numa escuridão desmedida que ocupa apenas o meu interior.
Nesta escuridão que me preenche, o amor é um sentimento inexistente, eu o matei. Não quero e não sou mais capaz de amar alguém, nem a mim mesma. Todos merecem amar verdadeiramente uma vez na vida, e essa chance já passou por mim. É, o amor passou pela minha vida, o sentimento mais verdadeiro passou por mim e ao invés de boas lembranças e sorrisos, deixou profundos cortes e extensos rastros de sangue.
O amor matou minha alma, matou a minha capacidade de sentir coisas boas e depois se transformou. O amor se transformou no ódio que escurece minha vida. Se transformou no punhal que tenho cravado dentro de mim e que faz com que meu coração não pare de chorar lágrimas de sangue. O amor se transformou em lágrimas, nestas que insistem em cair nesse momento. O amor se transformou em sofrimento e vazio. O amor se transformou em tudo que ainda sobrevive em mim.

Um comentário:

  1. Ola fabi, acabei de ler esse texto, e confesso que me lembrou muito meu passado que escrevia coisas identicas, espero que seja apenas um texto e um momento vago da onde surgiu essas palavras...
    Gostei do blog, simples sem muitas bijuterias.
    Bom passando só para deixar que, fucei aqui e li algumas coisas. Tenha uma otima semana
    abraços.

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